O Brasil registrou 17 mil mortes de homens por câncer de próstata em 2023, uma média de 47 óbitos diários, de acordo com dados do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Um estudo publicado na revista Lancet estima que o número de novos casos de câncer de próstata pode dobrar até 2040, saltando de 1,4 milhão em 2020 para 2,9 milhões.
DAs mortes, impulsionadas pelo aumento da expectativa de vida, também devem crescer 85%, de 375 mil para 694 mil em todo o mundo.
Luiz Otávio Torres, presidente da SBU, alerta que o diagnóstico tardio ainda é um grande problema, resultado, em parte, da falta de acompanhamento médico regular para homens. Torres observa que, ao contrário das mulheres, que geralmente mantêm consultas com ginecologistas após o período pediátrico, muitos homens não têm continuidade no cuidado médico. “O menino acaba com o pediatra e não vai para lugar nenhum,” explica Torres, destacando a necessidade de conscientização sobre a importância dos cuidados preventivos.
A campanha Novembro Azul visa justamente chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce. Um dos principais pontos da campanha é o alerta de que o câncer de próstata apresenta poucos sintomas nos estágios iniciais, e aguardar sinais pode resultar em diagnósticos avançados, quando há maior risco de metástase e tratamentos mais invasivos.
A mobilização do Novembro Azul busca reverter esse cenário e promover a conscientização entre os homens sobre a importância das consultas preventivas, incentivando a realização de exames periódicos para uma detecção precoce e maiores chances de cura.