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A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap) instituiu uma nova comissão de sindicância para investigar denúncias de um relacionamento amoroso entre um agente penitenciário e uma interna no Conjunto Penal de Paulo Afonso. Além do suposto envolvimento, o servidor é acusado de repassar materiais proibidos para dentro da unidade prisional.
A investigação remonta a outubro de 2018, quando o caso foi registrado pela primeira vez. Segundo portaria publicada recentemente pela Seap, três servidoras foram designadas para apurar os fatos, com prazo de 30 dias para a conclusão dos trabalhos.
Essa não é a primeira tentativa de esclarecer o episódio. Em 2018, uma comissão foi formada para tratar do caso, mas os trabalhos não produziram resultados conclusivos. Em 2019, a Seap convocou um novo grupo, também com prazo de 30 dias, para dar continuidade à apuração. No entanto, o processo não avançou significativamente.
Em 2023, o agente penitenciário, que integrava a classe II, obteve aposentadoria voluntária, o que não impede o prosseguimento das investigações.
A nova portaria demonstra o compromisso da Seap em esclarecer as denúncias, apesar do longo intervalo desde a primeira apuração. Caso as irregularidades sejam confirmadas, o servidor poderá enfrentar sanções administrativas, mesmo após sua aposentadoria, além de possíveis desdobramentos judiciais.
A secretaria reforçou que o caso será tratado com rigor e que a apuração busca preservar os princípios de ética e disciplina no sistema prisional baiano.