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| foto: redes sociais |
Quando assumiu a prefeitura de Nazaré em janeiro de 2025, o prefeito Benon Cardoso foi categórico em seu discurso: a nova gestão herdou um "município quebrado". Essa declaração serviu de argumento para justificar as dificuldades e as prioridades nos primeiros meses. No entanto, uma análise dos atos oficiais da prefeitura levanta uma séria contradição entre o discurso de austeridade e as ações práticas da administração.
No início de seu mandato, a prefeitura já havia contratado diversas empresas por meio de dispensa de licitação, em um montante que, segundo informações, ultrapassou os 8 milhões de reais. Agora, um novo movimento legislativo chama a atenção: a aprovação das alterações nas Leis Complementar nº 031/2025 e 006/2010.
A justificativa oficial é a "adequação da estrutura técnico-administrativa da Secretaria Municipal de Educação". Porém, na prática, essa alteração cria novos cargos gratificados e comissionados, justamente em um momento de suposta crise financeira.
O Custo dos Novos Cargos e a Promessa de Empregos
A criação de cargos de confiança, conhecidos por serem preenchidos por indicação política, gera um aumento direto nos gastos com a folha de pagamento do município. A medida parece ir na contramão da suposta crise financeira declarada pelo próprio gestor. A pergunta que não quer calar na cidade é: como o município pode estar quebrado e, ao mesmo tempo, ter recursos para expandir sua estrutura de cargos políticos?
Embora não haja provas documentais de que a criação de cargos seja uma resposta direta a promessas de campanha por empregos, a movimentação é, no mínimo, curiosa para quem acompanha a política local. A percepção popular é que a medida visa acomodar aliados e reforçar a base política, em vez de focar na contenção de despesas.
Liberdade de Imprensa e Transparência
Em um cenário onde a transparência é fundamental, a imprensa tem um papel vital. Amparada pelos Artigos 5° e 220 da Constituição Federal, a liberdade de imprensa permite que questionemos os atos do poder público, especialmente quando há uma clara dissonância entre o que é dito e o que é feito. A publicação dos documentos do Diário Oficial do Município junto a esta matéria não é apenas um direito, mas um dever de informar a população com base em fatos e dados públicos.
Afinal, a população de Nazaré das Farinhas tem o direito de saber a verdade sobre a situação fiscal de sua cidade e as reais prioridades da nova gestão. O povo merece entender por que um município "quebrado" tem recursos para criar novos empregos políticos.




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