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NAZARÉ: Recadastramento de Permissionários do Centro Artesanal e Cultural: Burocracia Inoportuna ou Fiscalização Necessária?

 




 Uma nova portaria, publicada no último dia 22 de setembro pelo Secretário Municipal de Administração, José Carlos Sampaio Cardoso, convoca todos os permissionários do Centro Artesanal e Cultural Maria Fumaça para um recadastramento obrigatório. A medida, que exige uma série de documentos e tem como prazo final o dia 03 de outubro de 2025, levanta sérios questionamentos sobre a prioridade da gestão municipal, especialmente em um momento tão delicado para os comerciantes locais.

​O Centro Artesanal, um dos pontos de cultura e comércio mais importantes da cidade, está fechado desde março, com a promessa de reabertura para maio, conforme a placa de reforma. Já se passaram meses, e os comerciantes, que dependem de suas atividades para sustento, foram duramente prejudicados. A reforma do telhado, orçada em quase meio milhão de reais, é apenas parte das obras que incluem pintura, cujo valor ainda não foi divulgado. A espera já causou perdas significativas, com a Feira de Caxixis, um evento crucial para as vendas, sendo realizada com o espaço totalmente fechado.

​O Momento da Burocracia

​A grande questão que paira no ar é: por que a prefeitura, através do novo Secretário de Administração, irmão do Prefeito Benon, opta por criar uma burocracia complexa como essa neste exato momento? Em vez de focar na agilidade para a reabertura do espaço e na divulgação do fim das obras, a gestão impõe um novo processo que pode atrasar ainda mais o retorno dos comerciantes às suas atividades.

​O recadastramento exige a apresentação de documentos como:

  • ​Cópia do CPF e RG.
  • ​Comprovante de residência atualizado.
  • ​Cópia do Termo de Permissão de Uso anterior.
  • ​Alvará de funcionamento.
  • ​Certidões de regularidade fiscal (municipal, estadual e federal).
  • ​Outros documentos específicos para a atividade.

​Para comerciantes já prejudicados pela longa espera, essa exigência documental, que inclui certidões fiscais, representa não apenas um custo financeiro, mas também tempo e energia que poderiam ser direcionados para a preparação da reabertura.

​O Artigo 4º da Portaria é incisivo ao afirmar que o não cumprimento pode resultar na suspensão ou perda da permissão. Isso gera um ambiente de incerteza e preocupação, com a possibilidade de que o recadastramento não seja apenas um ato administrativo de rotina, mas uma ferramenta para, talvez, inviabilizar a situação de alguns permissionários.

​Um Apelo pela Agilidade e Transparência

​O PIRÔPO NEWS, no exercício da liberdade de imprensa, garantida pelos Artigos 5º e 220 da Constituição e pela ADPF 130, questiona a sensibilidade da administração pública em relação aos comerciantes locais. Em vez de atrasar ainda mais o processo, a prefeitura deveria dar prioridade à reabertura do espaço, que já deveria ter ocorrido há quatro meses.

​Os comerciantes estão parados, sofrendo com os prejuízos e a incerteza. A sociedade espera que o recadastramento seja, de fato, para o bem da fiscalização, e não uma manobra burocrática para prejudicar permissionários já afetados. A transparência sobre o andamento das obras e a agilidade na reabertura são o mínimo que se espera de uma gestão que se compromete com o desenvolvimento da cidade.




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