Audiência pública debate situação do Centro Histórico
Iniciativa é da vereadora Aladilce Souza, que agendou a discussão para esta quinta-feira (30), às 9h, no Centro de Cultura da Câmara
Para discutir e apontar soluções para problemas que impactam a vida de moradores, comerciantes e admiradores do Centro Histórico de Salvador, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da oposição, conduzirá uma audiência pública amanhã (quinta-feira, 30). O debate, realizado em parceria com a Ouvidoria da Casa, acontecerá no Centro de Cultura Vereador Manuel Querino, às 9h.
Aladilce questiona o que classifica como a privatização do Elevador Lacerda, sem diálogo com os vereadores e a sociedade, apontando o tema como um dos principais problemas a serem debatidos. “O respeito ao patrimônio histórico tem que ser prioridade para qualquer gestão que se preocupe com a imagem da nossa cidade. E, além de preservar, a palavra-chave deve ser revitalizar, mas não para elitizar, como vem ocorrendo com a Rua Chile e a Praça Municipal, nem abandonar, como tem feito com a tradicional Baixa dos Sapateiros”, afirmou.
A vereadora acrescentou: “O Centro é o coração da cidade, é o que atrai o turismo, mas precisa manter seu perfil e suas tradições. E, para isso, é necessário discutir soluções com quem vive o dia a dia dessa região tão importante da capital baiana, não em gabinetes”.
Convidados
Foram convidados para a audiência pública historiadores, arquitetos, urbanistas, lideranças comunitárias, produtores culturais, moradores e investidores da região, além de representantes de órgãos públicos das três esferas: federal, estadual e municipal.
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Marta diz que Prefeitura
elitizou o Elevador Lacerda
Vereadora pede explicação sobre quanto foi pago, para onde foi o dinheiro e se há autorização legal para sublocação do equipamento
A vereadora Marta Rodrigues (PT) voltou a criticar o prefeito Bruno Reis, no dia 28, após a cessão de salas do Elevador Lacerda para o funcionamento de um espaço privado de festas, o “Conceito Lacerda”. Para a parlamentar, a decisão da Prefeitura, “sem nenhuma transparência, processo licitatório e explicação da gestão, representa um retrocesso com a elitização dos espaços e patrimônios públicos de Salvador, transformando um símbolo do povo em vitrine de luxo para poucos e para amigos”.
Segundo ela, o prefeito já confirmou que o espaço tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) foi alugado para a empresária Andrea Velame, responsável pelo evento Conceito Wedding 2025, mas não informou como se deu esse processo.
“Não explica por que ela foi a escolhida, não revela valores quando é questionado pela imprensa, nem disponibiliza as informações no Portal da Transparência. Tudo feito à revelia, para atender interesses de seus amigos”, criticou Marta. Ela acrescenta que, no local, existe uma placa criando uma separação visível entre o patrimônio público e a população que circula diariamente pela Praça Municipal.
Marta afirmou ainda que o silêncio da Prefeitura sobre a sublocação do espaço pela própria locatária reforça a nebulosidade da circunstância. “A Prefeitura precisa explicar de forma imediata quem autorizou o uso, quanto foi pago, para onde foi o dinheiro e se há autorização legal para sublocação. O mínimo que se espera é transparência”, completou.
Segundo Marta, a atitude da gestão municipal afronta o caráter público e histórico do Elevador Lacerda, um dos principais cartões-postais do país e patrimônio da cidade.
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Ireuda Silva lamenta
novos casos de feminicídio
Vereadora reforça necessidade de políticas públicas efetivas
Três casos de feminicídio registrados no último fim de semana, nas cidades de Casa Nova, Santo Estêvão e Camaçari, voltaram a expor a gravidade da violência contra a mulher na Bahia, observou a vereadora Ireuda Silva (Republicanos). Ela destacou que as vítimas foram atacadas por seus companheiros e deixaram filhos órfãos, cenário que se repete em diversos municípios do estado e evidencia a urgência de ações mais eficazes de prevenção e proteção.
A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Câmara Municipal de Salvador lamentou os casos e salientou que “não se trata de tragédias isoladas, mas de um reflexo de uma cultura de machismo e impunidade que ainda persiste em nossa sociedade”.
Segundo ela, é fundamental fortalecer a rede de acolhimento e ampliar o acesso das mulheres a mecanismos de denúncia e apoio psicológico, jurídico e social. Ireuda também ressaltou a importância de políticas públicas permanentes, como a Patrulha Guardiã Maria da Penha e o Programa Nova Fase, que já mostraram resultados positivos em Salvador.
“Precisamos de investimentos contínuos, de sensibilização nas escolas e de integração entre as esferas municipal, estadual e federal. Cada vida perdida é um alerta de que ainda há muito a fazer para garantir a segurança e a dignidade das mulheres”, concluiu.
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