(O Peso Pesado da Notícia)
Uma série de graves denúncias envolvendo a empresa UNIECO – Cooperativa de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis – contratada pela Prefeitura de Nazaré, sob a gestão do Prefeito Benon Cardoso, joga luz sobre supostas irregularidades que vão desde problemas contratuais até indícios de condições de trabalho análogo à escravidão.
O contrato, firmado por dispensa de licitação no valor de R$ 3 milhões, tem sido alvo de questionamentos e agora se soma a relatos chocantes de funcionários.
Condições Desumanas e a Falta de Respeito ao Trabalhador
A imagem que ilustra esta matéria (referência à foto anexada) mostra uma funcionária da Unieco, vestida com o uniforme da empresa, realizando um esforço extenuante para puxar a carroça do "Reciclamóvel" em via pública. A cena, por si só, sugere uma sobrecarga de trabalho incompatível com as garantias legais.
As denúncias obtidas pelo PIRÔPO NEWS são alarmantes:
- Trabalho Informal e Cortes Salariais: Funcionários alegam que não são fichados em carteira de trabalho, mas têm seus salários cortados em R$ 166,00, supostamente a título de contribuição para o INSS. Se a formalização não existe, o desconto configura uma grave irregularidade.
- Risco e Descaso com a Saúde: Há reclamações constantes sobre a falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), expondo os trabalhadores ao risco biológico e a acidentes de trabalho.
- Indícios de Trabalho Análogo à Escravidão: A ausência de registro formal, combinada com as condições de trabalho precárias e o corte salarial, levanta a séria suspeita de que os funcionários estariam submetidos a condições supostamente análogas à escravidão, o que demanda a imediata intervenção do Ministério Público do Trabalho (MPT).
O Silêncio sobre os R$ 3 Milhões e a Renda Suplementar
O contrato da UNIECO, assinado por dispensa de licitação, exige total transparência, o que, até o momento, não tem ocorrido.
Além do alto valor do contrato, o PIRÔPO NEWS questiona a gestão da renda suplementar gerada pela venda do lixo reciclado, que a Unieco também é responsável por comercializar. O material reciclável é um bem que gera receita, e a população de Nazaré precisa saber:
- Qual é o destino do dinheiro da venda do lixo?
- Os valores estão sendo devidamente contabilizados e retornando para o município?
A falta de fiscalização e o silêncio da Prefeitura sobre o destino dessa receita levantam suspeitas sobre a legalidade da gestão contratual.
Cobra-se Atitude dos Vereadores
Diante da gravidade das denúncias e dos indícios de irregularidades trabalhistas e contratuais, o PIRÔPO NEWS cobra do Prefeito Benon Cardoso uma resposta imediata sobre as condições dos trabalhadores e a prestação de contas do contrato.
É urgente, ainda, que a Câmara de Vereadores de Nazaré, no seu papel fiscalizador, quebre o silêncio e apresente resultados de uma investigação robusta e transparente à imprensa e à sociedade.
As denúncias estão sendo encaminhadas ao Ministério Público do Trabalho e aos órgãos de controle para as devidas providências.
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