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Abertura do Festival Salvador Capital Afro ocupa ruas do Candeal com ampla programação


 






Fotos: Bruno Concha e Adam Vidal / Secom PMS
Reportagem: Priscila Machado / Secom PMS

 

As ruas do Candeal se encheram de cores, sons e muito movimento nesta segunda-feira (10), durante o início da programação descentralizada da 4ª edição do Festival Salvador Capital Afro. A iniciativa é desenvolvida pela Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), para celebrar a identidade afro-brasileira e impulsionar o empreendedorismo, a cultura e o turismo afro e comunitário na capital baiana.

 

As atividades começaram às 12h, em frente à Associação Pracatum, com a experiência gastronômica do famoso feijão de Kabaça. Bem ao lado, na Praça do Zé Botinha, seis empreendedoras locais e convidadas expuseram seus produtos artesanais na Feira de Artesanato. E perto da Pracatum, um samba de rua convidava moradores e visitantes a cantar e dançar ao som de músicas marcantes do partido alto e samba de roda.

 

A programação deste primeiro dia de atividades do Salvador Capital Afro contou ainda com a discotecagem de DJ Belle, ex-aluna da Escola Pracatum, e com a apresentação do grupo Fé Menina na Praça das Artes. O local recebeu três painéis para intervenções em grafite, assinados pelo artista visual e arte-educador Marcos Costa, o Spray Cabuloso.

 

Presente na abertura, a vice-prefeita e secretária de Cultura e Turismo de Salvador, Ana Paula Matos, elogiou o novo formato do festival, ocupando as ruas dos bairros periféricos e retomando a conexão com as comunidades. “Nos últimos anos, o festival foi muito bonito, potente, mas estava muito no Centro. Agora, está em vários bairros, inclusive na Ilha de Maré, para mostrar que essa cultura está em cada esquina e canto da cidade. O que queremos é mostrar em cada cantinho da cidade a força desse povo, da sua cultura, da sua história e da sua ancestralidade”, disse.

 

"Que o Salvador Capital Afro reconheça os talentos e possa se fortalecer e se retroalimentar nesse processo de comunidade, centro, periferia. No fundo, é tudo uma coisa só; é Salvador: potente, ancestral e cultural”, complementou a vice-prefeita.

 

Para Ruth Buarque, diretora de Desenvolvimento Social da Pracatum, foi uma grande honra para o Candeal e para a associação receber a abertura do festival. “O Salvador Capital Afro é uma iniciativa da Prefeitura superalinhada com o que se produz no território: cultura, desenvolvimento e inovação. O Candeal é ancestralidade e resistência. E o reconhecimento disso pelo poder público demonstra que estamos no caminho certo”, afirmou.

 

Fortalecimento – A programação do evento foi anunciada logo cedo nas ruas do bairro por Veko Araújo, artista do Cortejo Afro, por meio de um megafone: “Venham conferir a percussão aromática do Salvador Capital Afro no Candeal”.

 

Para ele, o festival foi um momento marcante por incentivar a continuidade e o desenvolvimento da cultura e do afroempreendedorismo local. “Eu sou performer, faço parte do patrimônio artístico dessa cidade e, para mim, estar na abertura desse festival, no Candeal, é muito importante. Estamos tendo a oportunidade de apreciar uma percussão aromática, com o cheiro do feijão e o som da música percussiva, viva. É notável a movimentação das pessoas no bairro. Tudo isso é muito gratificante e quase surreal. É um evento que transforma o imaginário no concreto”, disse.

 

A aromaterapeuta Cida Farias, de 62 anos, teve a oportunidade de divulgar o seu trabalho a várias pessoas que estiveram no bairro. “Estou muito feliz em poder participar dessa Feira de Artesanato. É um trabalho que faço com afeto, técnica e entrega e só tenho a agradecer por esse programa da Prefeitura, porque o pequeno comerciante tem dificuldade de montar uma loja, devido às taxas e despesas. Esse apoio para expor o nosso material com custo zero é fantástico”, afirmou. 

 

Curadora da feirinha, Miralva Batista destacou o apoio recebido pelas empreendedoras no evento. “O Salvador Capital Afro já é um produto da cidade, mas que não tinha vindo ainda ao Candeal. Trazê-las para participar desse movimento dentro do nosso berço cultural é fantástico. Eu acho que elas terão um grande resultado, com outra visibilidade no mercado, por todo esse público diverso que está participando”, pontuou. Na feirinha, além dos cosméticos e aromatizantes, foram comercializados produtos como bonecas de pano personalizadas, acessórios e produtos religiosos.

 

Programação – Com o tema “Territórios em Rede, Raízes em Movimento”, o Salvador Capital Afro amplia seu alcance este ano e se consolida como o mais importante movimento de afroturismo do país. A programação do festival nos bairros ocorre até o dia 22 de novembro, reunindo painéis, oficinas, rodas de conversa, feiras afrocriativas, laboratórios e apresentações artísticas, além de um circuito de atividades em comunidades como Candeal, Ilha de Maré, Liberdade, Nordeste de Amaralina, Itapuã, Ribeira e Cajazeiras.

 

O festival terá ainda duas apresentações centrais na Praça Maria Felipa, no Comércio: o show de Léo Santana, no dia 20, a partir das 15h; e a apresentação de Carlinhos Brown, Luedji Luna e convidados, no dia 21, a partir das 19h.

Marcius Pirôpo Campeão Mundial

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