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Abre-se a cortina do picadeiro da dissimulação
Todos de olhos atentos para um mais um espetáculo
Sorrisos lúgubres escorrem maleficamente
Oriundos de uma sociedade hipócrita
Marcada pela presunção e a empáfia
As luzes sombrias escondem faces perversas
Esse espetáculo é a manifestação do mau humor social
Amarrotado pelas lágrimas insólitas.
A razão desse espetáculo é a morte e o não morrer
É a conservação de cadáveres vegetativos
De essência decomposta pelos vermes da corrupção
Que corroem silenciosamente a consciência alienada.
A sociedade fria gela a alma incandescente
Esse espetáculo é uma eterna guerra do eu e o outro
O mundo real se dissolve entre os dedos
O tato não contém mais a sensibilidade.
Chega-se ao fenecimento desse espetáculo ignóbil
E, todos com rostos plissados,
Marcados pelo alarido fugaz.
Não! A sociedade do espetáculo!
Fecha-se a cortina!...
Texto: Professora e Escritora Marilene Oliveira de Andrade graduada em Pedagogia, Letras Vernáculas, Especialista em Estudos Linguísticos e Literários, membro da Academia de Letras do Recôncavo e cursando mestrado em Gestão de Políticas Públicas e Segurança Social

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