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Homem vestido como Hitler tumultua audiência na Câmara do Rio


Homem vestido de Hitler se identifica apenas como professor Marco Antônio: vereador quer que a polícia investigue o caso Foto: Divulgação

Usando bigode do ditador e broches militares, ele foi impedido de se pronunciar na Casa
RIO — Uma audiência pública para discutir um projeto de lei que proíbe professores de promover discussões políticas em sala de aula pareceu ser a ocasião perfeita para um homem, que se identifica como professor, criar polêmica. Conhecido apenas pelo nome de Marco Antônio, ele esteve na Câmara Municipal, na manhã desta quinta-feira, vestido como Adolf Hitler. O homem usava o bigode característico do ditador nazista e um paletó com broches que faziam referência ao regime totalitário. Até o penteado lembrava o que era usado pelo déspota, que comandou o massacre de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
A presença do sósia de Hitler tumultuou a audiência e causou indignação entre os que acompanhavam a discussão do projeto “Escola sem partido”, de autoria de Carlos Bolsonaro (PP). O encontro foi organizado pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos, vereador Jefferson Moura (Rede). O homem, que estava acompanhado de outras quatro pessoas vestidas de preto, chegou a se inscrever para falar na audiência, mas foi impedido de se pronunciar.
— Quando ele se levantou para se inscrever, percebi a cruz gamada, usada por alguns setores das forças armadas alemãs. Não pude aceitar a inscrição dele, porque a referência ao nazismo se trata de um crime. Ele se retirou do plenário, acompanhado de seguranças da Casa, e disse que ia fazer uma queixa na delegacia, enquanto os colegas gritavam palavras de ódio e intolerância — contou o vereador.
O crime de apologia ao nazismo está previsto na Lei Federal 9459, que estabelece pena de um a três anos de reclusão para quem “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. Segundo Jefferson Moura, a procuradoria da Câmara vai encaminhar a transcrição da audiência desta quinta-feira e as imagens do encontro para a polícia para que seja aberta uma investigação. O vereador se disse preocupado com a existência de grupos de extrema direita na cidade. No último dia 26, conforme informou o blog do colunista Ancelmo Gois, um homem que tinha o adesivo de uma suástica colado na carroceria do carro foi preso por policiais da 18ª DP (Praça da Bandeira).
— Foi a primeira vez que presenciei uma manifestação fascista organizada aqui na Câmara do Rio. Não podemos ser tolerantes com esse tipo de posicionamento em lugar nenhum, muito menos numa Casa legisladora. Isso é um atentado contra a democracia e contra a memória das vítimas do nazismo — destacou.
POSTURA CONTRADITÓRIA
Ao saber do tumulto ocorrido na audiência da Comissão de Direitos Humanos, a vereadora Teresa Bergher (PSDB) lembrou que o homem fantasiado de Hitler já tinha sido visto na Câmara em outras ocasiões, vestido, inclusive, como sheik árabe e defendendo o ex-presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad. A aparição desta quinta-feira lhe causou espanto, porque, segundo ela, no mês passado, durante audiência da Comissão Especial contra a Discriminação, ele se pôs a favor do Estado de Israel e pediu um minuto de silêncio pelas vítimas do terrorismo na França.
— Achei tudo muito estranho. Mas se ficar comprovado que hoje (quinta-feira) ele fez apologia ao nazismo, vamos pedir a prisão dele e do grupo que o acompanhava. Temos que ser muito rigorosos com isso — ressaltou a vereadora.
G1

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