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Duas pessoas são mortas a tiros em 3ª noite de protestos antirracismo nos EUA

Duas pessoas são mortas a tiros em 3ª noite de protestos antirracismo nos EUA
Foto: Reprodução / EPA / Agência Brasil

Ao menos três pessoas foram baleadas, e duas delas morreram, durante uma noite de caos na cidade de Kenosha, no norte dos Estados Unidos, em meio a protestos pelo fim da violência policial e do racismo.

A cidade teve a terceira noite seguida de atos nesta terça (25), após Jacob Blake, um homem negro, ser baleado pelas costas por agentes brancos durante uma abordagem policial no domingo (23).

Blake, 29, sobreviveu aos sete tiros que levou, mas ficou paralisado da cintura para baixo, segundo sei pai. Ele segue internado no hospital.

Na noite de terça, os manifestantes se reuniram perto do tribunal da cidade, onde foi erguida uma barreira de metal para proteger o prédio, e atiraram pedras, fogos de artifício e garrafas de água contra os policiais.

Os guardas lançaram bombas de gás e balas de borracha para dispersar a multidão, que seguiu nas ruas mesmo após o toque de recolher determinado na cidade, a partir das 20h.

Os policiais expulsaram as pessoas dos arredores do tribunal, e os confrontos se espalharam pelas ruas. Em um posto de gasolina, um grupo de civis armados que protegia o local de possíveis ataques passou a xingar os manifestantes que passavam.

Houve discussões ali, e a tensão foi crescendo. Depois da meia-noite, tiros foram disparados perto do posto, que deixaram dois mortos e um ferido.

O xerife David Beth disse que a polícia investiga o que aconteceu, a partir de videos gravados no local. Em uma das cenas, uma pequena multidão tenta pegar um homem com um rifle, que teria atirado contra outra pessoa. Ele então faz disparos contra seus perseguidores, à queima-roupa.

"Tem pessoas falando: 'por que você não dá poderes aos cidadãos para agir como polícia?'. Está aí porque você não dá poderes para cidadãos com armas defenderem Kenosha", comentou Beth, segundo o The New York Times.

Grupos de homens armados, geralmente brancos, estão circulando com rifles pela cidade, para defender os comércios de saques e incêndios intencionais. Diversos prédios e carros na cidade foram queimados nos últimos dias.

Também houve atos antirracismo e confrontos com a polícia em Portland, no Oregon, e em Louisville, no Kentucky.

Em Louisville, mais de 60 pessoas foram presas em uma marcha que lembrava o caso de Breonna Taylor, uma mulher negra morta dentro de casa durante uma operação policial, em março.

Ativistas ligados ao movimento Black Lives Matter (vidas negras importam) pedem que os agentes envolvidos no caso sejam demitidos e presos. Até agora, eles foram apenas afastados de suas funções, e a polícia ainda não explicou por que Blake, que tentava separar uma briga entre duas mulheres, foi atingido por quatro tiros em frente a seus filhos de 3, 5 e 8 anos.

Em reação aos confrontos, o governador de Wisconsin, o democrata Tony Evers, declarou estado de emergência na terça (25) e anunciou o envio de mais tropas da Guarda Nacional para a cidade.

A mãe de Blake, Julia Jackson, disse na terça que é contra protestos violentos em defesa de seu filho. "Eu vejo muitos danos. Isso não reflete meu filho ou minha família".

A ação na qual Blake foi baleado ocorreu no domingo (23). Um vídeo que circula nas redes sociais mostra ele andando até o assento do motorista de um veículo SUV, parado na rua, seguido por dois policiais que apontam armas para suas costas. Ele, que aparenta estar desarmado, abre a porta do carro com os agentes atrás dele, e os tiros são disparados à queima-roupa. É possível ouvir sete disparos.

De acordo com advogados da família, Blake sofreu perfurações no estômago e precisou retirar quase todo o cólon e o intestino delgado. Também sofreu danos no rim e no fígado, além de um dos disparos ter atingido o braço.

O caso de Blake é mais um a provocar protestos contra a brutalidade e o racismo da polícia desde o assassinato, em 25 de maio, de George Floyd, um homem negro, em Minneapolis. Floyd foi sufocado por um policial branco que pressionou o pescoço da vítima por quase nove minutos com o joelho.

A morte do ex-segurança gerou uma onda de atos que se espalhou por dezenas de cidades dos EUA e outras partes do mundo. Floyd foi lembrado em manifestações na África, na Ásia, na Europa e no Brasil.

Os protestos antirracismo são um dos temas da campanha eleitoral nos Estados Unidos. O presidente Donald Trump, que busca a reeleição, tem buscado ressaltar a destruição ocorrida em algumas das manifestações e se colocar como um defensor da lei e da ordem. Seu rival, Joe Biden, tem dado apoio aos protestos e defendido mudanças para combater a violência policial contra os negros.

BN

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