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Vacina contra covid-19: 16 dúvidas respondidas


Gestantes podem se vacinar? Confira essa e outras dúvidas


1- Os primeiros a serem vacinados serão profissionais da saúde e idosos. Isso já deve trazer algum impacto para a saúde coletiva? Ou será necessário aguardar um número maior de pessoas de outros grupos?

É pouco provável que a gente observe uma mudança muito importante no comportamento da doença, até termos uma parcela importante da população vacinada, para que a gente observe o efeito prático dela. Espero que uma quantidade maior [de vacina] seja adquirida para que nos próximos meses possamos imunizar mais pessoas.

2- É possível ser infectado com o novo coronavírus ao ser vacinado contra Covid-19?

Não, não é possível. Nenhuma das vacinas possui o vírus da Covid-19 vivo. Algumas têm o vírus morto, como é o caso da que foi aplicada já em São Paulo, e outras têm apenas um pedaço do vírus dentro, não o vírus completo. 

3- Uma pessoa já vacinada pode contrair o vírus e/ou transmitir para outras pessoas?

As informações que temos em relação às vacinas são relativamente restritas porque tem pouco tempo que elas estão sendo testadas, mas sabe-se que nenhuma das vacinas oferece 100% de proteção, então as pessoas podem se infectar e podem transmitir. Contudo, dependendo da vacina, as chances são menores de infecção e, nos que se infectaram, terão menos chances de ter sintomas graves. Imagina-se, também, que mesmo a pessoa se infectando, ela terá menos multiplicação viral, então terá uma menor chance de transmissão. Nenhuma das vacinas se propõe a imunizar 100%, por isso que ainda precisamos tomar os outros cuidados.

4- Quanto tempo após tomar a vacina contra Covid-19 é possível estar imunizado?

São vacinas distintas, cada uma tem sua especificidade, mas imagina-se que em cerca de três semanas a um mês, após a segunda dose da vacina, é que há uma chance máxima de que as pessoas estejam imunizadas. Sempre lembrando que nem todas as pessoas que tomarem a vacina ficarão protegidas e a gente não tem como saber quem ficou e quem não ficou, por isso é importante manter os cuidados até que receba a orientação de que a gente possa ir, aos poucos, tomando menos cuidados e retornando à forma de viver anterior à Covid-19.

5- Por que as vacinas contra Covid-19 ficaram prontas tão rápido? 

As vacinas da Covid-19 bateram recorde em termos de tempo de desenvolvimento. A gente pode explicar de duas maneiras. Uma é que, antes da pandemia, já havia uma bagagem de informações e de recursos tecnológicos que vieram de outras epidemias, com destaque maior para o coronavírus de 2003, o Sars-Cov, e a epidemia do Oriente Médio, o Mers-Cov. Então, durante esse período, o coronavírus foi muito estudado e começou-se a desenvolver algumas vacinas para eles. Isso significa que nós não começamos da estaca zero, já havia um trabalho sendo feito. Outra maneira de explicar é que foi feito um investimento muito grande e uma forma de organizar as fases de testes de forma simultânea, praticamente, em um intervalo de tempo menor.  

6- Quais são os efeitos colaterais normais das vacinas contra a Covid-19? Quanto tempo eles duram?

Estamos falando de muitas vacinas. De uma forma geral, a maior parte das pessoas não desenvolvem nenhum tipo de efeito quando tomam a vacina. Mas, aquela minoria que desenvolve é uma febre baixa e uma moleza no corpo. Quando tomamos uma vacina, o corpo estimula o sistema imunológico como se fosse o vírus que estivesse entrando. Outra coisa comum é a dor no local da vacina, que pode durar alguns dias, menos de uma semana. 

7- Para quem as vacinas contra Covid-19 não são indicadas?

A expectativa, a princípio, é que a vacina seja ofertada para todas as pessoas e toda a população seja vacinada. Inicialmente, aqueles com risco e exposição maiores serão vacinados, como os profissionais de saúde, gente que lida muito com a doença, além daqueles com risco de desenvolver a forma mais grave, com idade mais avançada. Aos poucos, isso vai se estender para o restante da população. 

Teremos múltiplas vacinas, já temos duas liberadas, mas, provavelmente, outras virão também. Dependendo da vacina, algumas vão ser utilizadas para quem tem problema de defesa baixa, como deficiência do sistema imunológico. Podemos ter indicações personalizadas. Uma pessoa que tem muita alergia, então deve tomar a vacina A, por exemplo. 

8- Gestantes podem tomar vacina contra Covid-19? 

A maior parte das vacinas não foi testada em gestantes e crianças, então tem essa questão. Por enquanto, elas não estão nessa primeira leva de pessoas que vão receber a vacina, até que tenhamos mais claro quais podem ser aplicadas em crianças e gestantes. Essa questão ainda está um pouco pendente, mas em breve teremos mais informações.

9- Pessoas que estão amamentando podem tomar a vacina? 

Pelo menos com essas vacinas iniciais, não há motivos que impeçam pessoas que estão amamentando de tomá-las. Quem estiver amamentando deve, sim, fazer a vacinação.

10- Diabéticos podem tomar a vacina contra Covid-19? 

Sim, pessoas que têm diabetes podem e devem fazer a vacinação. Como é fator de risco para ter a doença mais grave, quem tem diabetes tem prioridade na vacinação. Essas fases de aplicação já devem ser divulgadas.

11- Quem tem alergia pode tomar as vacinas contra a Covid-19?

Existem muitos tipos de alergia diferentes e gravidades também. Então, pessoas que têm alergias, especialmente alergias importantes, vão ter que informar sobre essa condição e ver se tem alguma contra-indicação.  Essas vacinas [aprovadas no Brasil] têm poucos efeitos em termos de alergia. As vacinas que têm causado um efeito colateral um pouco mais intenso em quem tem alergia mais grave ainda não chegaram e nem estão previstas para chegar em breve. 

12- Faz mal misturar doses de vacinas diferentes contra Covid-19?

A gente não tem muitas informações em relação a isso, já que cada vacina foi testada separadamente e elas estão acabando de ser lançadas. A orientação é que não se faça essa mistura, pelo menos por enquanto. Provavelmente, não vai fazer mal, mas pode ser que o efeito não seja tão bom quanto a pessoa tomar a vacina de forma correta. O ideal é que a primeira e a segunda dose sejam da mesma vacina, se fizer a segunda dose de outra vacina, ela pode não funcionar.

13- Quanto tempo irá durar a proteção da vacina? Será necessário tomá-la todo ano, como a vacina da gripe?

Como mencionei, pouco tempo se passou desde o surgimento da doença e a disponibilidade da vacina. Ainda não sabemos quanto tempo essas vacinas podem oferecer proteção. As pessoas vacinadas, até onde sabemos, estão mantendo uma boa proteção, mas como são poucos meses de testes, não há como saber se no próximo ano precisamos vacinar ou não. Teremos que aguardar mais tempo para essa informação.

14- Quanto tempo após a vacinação será atingida a imunidade de rebanho?

Não temos como responder quanto tempo levará para que tenhamos uma imunidade coletiva suficiente para tirar as medidas de proteção. Isso, apenas o tempo vai dizer. À medida que formos vacinando um número maior de pessoas e observarmos uma queda de casos e óbitos, a gente vai ter isso um pouco mais claro. Então, precisamos ver os resultados concretos da vacinação para ir retirando, aos poucos, as medidas de proteção contra a doença que usamos agora.

15- Pode parar de usar máscara e álcool em gel após ser imunizado com a vacina?

Não devemos suspender nenhuma medida de proteção por ter sido vacinado. A gente sabe que a proteção das vacinas não é completa, vai ser maior à medida que muita gente for vacinada, então a ideia é vacinar e fazer tudo conforme estamos fazendo e esperar os resultados que isso terá no ponto de vista coletivo, ou seja, ver o controle da epidemia para ir, aos poucos, recebendo as orientações. A ideia é que a vida continue igual, por algum tempo, até que os resultados práticos da vacinação possam ser vistos, o que vai levar alguns meses. 

16- Quanto tempo após tomar a vacina será possível frequentar locais com aglomeração?

A ideia é que os cuidados continuem os mesmos de hoje, até que possamos observar o controle da epidemia. Claro que isso vai depender da velocidade da vacinação em grande parte da população brasileira.

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