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Justiça impede que pastor preso por assédio sexual tenha salário de R$ 13 mil descontado




O pastor Jeremias Barroso, preso desde 19 de fevereiro após acusações de assédio sexual contra fiéis, vai continuar recebendo, mesmo na cadeia, o salário de R$ 13 mil mensais referente ao cargo de auditor fiscal de carreira que ocupa na Prefeitura de Macapá desde 1998.

A permanência do recebimento foi garantida em liminar concedida nesta quinta-feira (1º) pelo juiz Antônio Collares, da 3ª Vara Cível e de Fazenda Publica da capital. O magistrado acatou mandado de segurança impetrado pela defesa do pastor.

"CONCEDO A LIMINAR para DETERMINAR que a autoridade coatora NÃO efetue qualquer desconto ou suspensão dos vencimentos do impetrante, durante todo o período em que o mesmo se encontrar preso preventivamente", diz a decisão.

O pedido da defesa temia que a administração municipal efetuasse descontos no salário do pastor, em função do andamento do processo.

Pastor Jeremias Barroso, da Igreja Getsêmani — Foto: Reprodução

Investigação

Líder da Igreja Getsêmani em Macapá, Jeremias foi preso pela Polícia Civil após relatos de fiéis que denunciaram a ação do acusado, que se usava da condição de pastor para abusar das vítimas, a maioria jovens. Pelo menos quatro o denunciaram.

O pastor responde pelo crime de violação sexual mediante fraude, quando a vítima é induzida ao erro, por acreditar que determinada conduta é necessária e que vai fazer bem à pessoa.

Além da prisão, que o levou ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), também foi alvo de mandado de busca e apreensão.

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