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Biden diz que não quer nova Guerra Fria, mas dá recados à China em discurso na ONU

 

Biden diz que não quer nova Guerra Fria, mas dá recados à China em discurso na ONU
Foto: Reprodução / GloboNews


Sem citar especificamente seu principal rival político e econômico, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou em seu discurso na 76ª Assembleia-Geral da ONU que o país não procura uma nova Guerra Fria, mas deu uma série de recados à China.
 

"Vamos defender nossos aliados e nossos amigos e nos opor às tentativas de países mais fortes de dominar outros mais fracos, seja pela força, coerção econômica, exploração técnica ou desinformação. Mas não estamos procurando, vou repetir, não estamos procurando uma nova Guerra Fria, ou um mundo dividido em blocos rígidos", afirmou o presidente americano.
 

Biden ainda afirmou que o país defende a liberdade de navegação, em referência às reivindicações chinesas pelo Mar do Sul da China; se posicionou contra ataques cibernéticos, que o país também acusa a China de coordenar; e citou Xinjiang, região de minoria muçulmana onde os EUA acusam a China de praticar genocídio, como um dos pontos de preocupação de violações de direitos humanos.
 

Apesar das críticas, o discurso de Biden foi focado na necessidade dos países trabalharem juntos para enfrentar a pandemia da Covid-19 e as mudanças climáticas. Biden defendeu esforços globais para ampliar a vacinação contra a Covid-19, incluindo a doação de doses de países ricos para nações com poucos vacinados.
 

O presidente americano prometeu também dobrar para US$ 11,4 bilhões (R$ 7,4 bilhões) as doações ao fundo internacional para países em desenvolvimento combaterem mudanças climáticas. Ainda nas doações, Biden afirmou que pretende doar US$ 10 bilhões (R$ 53 bilhões) para combater a fome.
 

Biden enfrenta pressão internacional liderada pela França após anunciar uma coalizão com a Austrália para armar o país com submarinos e conter os avanços regionais da China. O acordo significou o fim de uma parceria australiana com a França, o que foi visto pelo governo Macron como uma "punhalada nas costas" feita pelos Estados Unidos e convocou seu embaixador no país.
 

Com a desconfiança europeia, o presidente usou o espaço na ONU, seu primeiro discurso em uma Assembleia-Geral como presidente, para reafirmar a posição de que "os Estados Unidos estão de volta" ao cenário global, depois que seu antecessor, Donald Trump, abandonou fóruns multilaterais.
 

"Estamos de volta à mesa nos fóruns internacionais, especialmente nas Nações Unidas, para focar em ações globais e desafios comuns", disse ele, que fez também acenos à União Europeia e à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Biden ressaltou ainda que o país voltou ao Acordo de Paris e que vai voltar ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, dos quais havia saído durante o governo Trump.
 

O presidente ainda procurou se defender de outro episódio visto como um fracasso por parte da comunidade internacional, a retirada das tropas do Afeganistão após duas décadas de ocupação militar, que terminou com ataques terroristas no aeroporto de Cabul e permitiu a volta do Talibã ao poder.
 

"Encerramos 20 anos de conflito no Afeganistão e, à medida que encerramos essa era de guerra sem fim, estamos nos abrindo para uma nova era de diplomacia sem fim", afirmou.
 

O episódio provocou não apenas críticas internacionais, como lhe custou popularidade, aliado à piora da pandemia da Covid-19 no país.
 

"Hoje, muitas das nossas preocupações não podem ser resolvidas com a força das armas", citando a Covid-19, e pediu por mais diálogo no cenário internacional. "Devemos usar a força como o último recurso, não o primeiro", disse.
 

Apesar de o presidente da sessão, o chanceler das Maldivas, Abdulla Shahid, pedir que os líderes limitassem suas falas a 15 minutos, Biden discursou por mais de 30 minutos e foi aplaudido ao final, ao fazer um apelo por uma ação conjunta. "Nós vamos escolher construir um futuro melhor. Nós, vocês e eu", disse.





Folhapress




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