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Jovem morto em enxurrada tentava salvar vizinhos na zona leste de São Paulo

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Uma viela estreita que termina em um córrego de águas sujas, onde há acúmulo de lixo e entulhos. Foi ali que o auxiliar de feirante Diogo Donathello Costa Viveiros, 21, foi visto pela última vez, na manhã deste sábado (12), antes de ser arrastado por uma enxurrada.

Depois de um dia de buscas, o corpo de Viveiros foi encontrado pelos bombeiros na manhã deste domingo (13), alguns metros adiante da avenida Caboré, onde ele morava e no fim da qual passa o córrego Aricanduva.

Com as fortes chuvas que atingiram a região na madrugada de sábado (12), as águas do córrego subiram a inundaram essa via que, ainda neste domingo, permanecia cheia de barro.

Descrito pela mãe como um rapaz "carinhoso" e que "gostava de ajudar todo mundo", Viveiros passou as últimas horas de sua vida tentando auxiliar seus vizinhos a enfrentar o alagamento e a correnteza que haviam se formado com o transbordamento do Aricanduva.

Ele tentou usar uma ponte improvisada com madeira e tapumes sobre o córrego para auxiliar um grupo de pessoas ilhadas pelo alagamento.

Moradores contam que Viveiros estava acompanhado do irmão, Douglas, 25, que conseguiu se salvar e foi socorrido em um hospital da região. Narram que tentaram resgatar Viveiros com o uso de uma corda, mas que o rapaz foi vencido pela força das águas e pelo volume de lixo e entulhos que colidiam com ele durante a tentativa de resgate. O trecho do córrego fica próximo a um piscinão.
Entre 4h às 8h24 da manhã do sábado, período em que a tempestade se intensificou, os bombeiros receberam 55 chamados relacionados a enchentes, 10 a desabamentos e 17 de queda de árvores.

Mãe de Viveiros, a dona de casa Katia Danielle Costa aguardava, na tarde deste sábado, a liberação do corpo do filho ao lado de vizinhos e parentes que a consolavam. Ela ainda estava inconformada e expressava a angústia de ter esperado durante cerca de 24 horas as buscas dos bombeiros, que foram interrompidas na noite de sábado e retomadas na manhã de domingo, segundo a própria instituição.

A operação utilizou duas equipes. Agentes de corporação percorreram o córrego Aricanduva a pé em direção ao piscinão enquanto outros bombeiros trabalharam com o auxílio de botes. O corpo de Viveiros estava preso a entulhos e pedras do córrego, segundo informaram os militares que realizaram a busca.
Além de trabalhar fazendo bico como auxiliar de feirante, Viveiros era desenhista autodidata e sonhava em poder exercer essa profissão. Gostava de motos, costumava usar roupas largas, boné e uma cruz presa a uma corrente prateada no pescoço. Era o quarto na escala de nascimento de dez irmãos.



Folhapress

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