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Até 6 de março será permitido apenas fazer a consulta sobre os valores esquecidos, mas ainda não será possível acessar o sistema para resgatar o dinheiro.
No dia 7 de março, também às 10h, já estará liberada a solicitação de devolução do dinheiro. Cerca de R$ 6 bilhões estarão disponíveis para 38 milhões de pessoas físicas e 2 milhões de pessoas jurídicas.
O SVR (Sistema de Valores a Receber) permite consultar se o cidadão ou empresas possuem dinheiro esquecido em um banco, consórcio ou outra instituição financeira. Os valores ficam guardados até que o cidadão os solicite.
Agora também é possível consultar valores esquecidos por pessoas que já morreram, desde que o interessado seja herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal.
No ano passado, apesar da expectativa gerada pelo resgate de valores esquecidos, muitos brasileiros descobriram que tinham apenas centavos para recuperar.
A professora aposentada Rita Porto, 93, é um exemplo disso. Ela mobilizou a família para monitorar o SVR e resgatar o que acreditava ser uma "bolada" –na verdade, tinha apenas R$ 0,04 de "parcelas ou obrigações de operações de crédito" a receber. Para evitar a decepção, sua família fez uma vaquinha e os filhos e netos de Rita lhe entregaram R$ 1.000.
Em 2022, o sistema disponibilizado pelo Banco Central chegou a sair do ar, dado o fluxo de acessos por todo o país. Este ano, o período de consulta foi antecipado, para evitar a sobrecarga.
Outra novidade é a criação de uma sala de espera virtual para facilitar o acesso ao sistema de consultas sem precisar agendar. Na primeira versão da ferramenta, os usuários só podiam fazer a consulta no dia e em horários definidos.
O BC lembra, ainda, que mesmo quem não tinha dinheiro esquecido na primeira etapa do SVR ou encontrou apenas centavos da última vez poderá ter dinheiro a resgatar neste novo lote.
A instituição preparou um vídeo, em que explica os passos para fazer a consulta:Veja, a seguir, como consultar e solicitar o dinheiro esquecido:
COMO SABER SE TENHO VALORES A RECEBER?
A partir das 10h desta terça-feira (28) vai ser possível consultar se pessoas físicas ou jurídicas têm valores a receber de bancos, consórcios ou outras instituições pelo https://valoresareceber.bcb.gov.br.
Para pessoa física não é preciso fazer login, basta informar CPF e data de nascimento.
Para pessoa jurídica não é preciso fazer login, apenas saber o CNPJ e a data de abertura da empresa.
TENHO DINHEIRO A RECEBER; COMO ENTRO NO SISTEMA?
Caso tenha um valor a receber, é preciso retornar ao site do Banco Central a partir de 7/3, às 10h. Para acessar, o usuário deve ter uma Conta gov.br -o serviço de identificação digital do governo.
Essa conta pode ser criada pelo portal de serviços digitais do governo.
Para valores que foram esquecidos por pessoa física, devido ao sigilo bancário, a Conta gov.br precisa ser de nível prata ou ouro.
Dá para fazer a conta subir de nível por meio do aplicativo gov.br e seguir as orientações por lá ou logar na Conta gov.br pelo site e aumentar o nível em "Selos de Confiabilidade".
Para valores de pessoa jurídica, é preciso ter uma Conta gov.br com o CNPJ vinculado (pode ser qualquer tipo de vínculo, exceto "colaborador").
Com a Conta gov.br , no site do Banco Central, basta selecionar a opção "Acessar o SVR".
Em seguida, escolha a opção "Meus Valores a Receber", leia e aceite o Termo de Ciência.
O sistema, então, irá informar o valor a receber, o nome e os dados de contato da instituição que deve devolver o dinheiro, a origem do valor a receber e demais informações.
COMO POSSO SOLICITAR O DINHEIRO?
Se o sistema oferecer a opção "Solicitar por aqui", é preciso selecionar uma das suas chaves Pix do usuário (campo obrigatório) e informar seus dados pessoais.
Para essa opção, o valor esquecido será recebido em até 12 dias úteis. Mesmo que o usuário tenha indicado a chave Pix, a instituição pode devolver por TED ou DOC para a conta da chave Pix selecionada e entrar em contato para confirmar a identidade do solicitante (mas nunca para pedir senhas).
Se o sistema oferecer a opção "Solicitar por aqui", mas não apresentar uma opção de chave Pix para seleção, o solicitante deve entrar em contato diretamente com a instituição financeira pelo telefone ou pelo e-mail informado por ela para combinar a forma de devolução. Nesse caso, a instituição financeira não é obrigada a devolver o valor em até 12 dias úteis.
Se o sistema não oferecer a opção "Solicitar por aqui" é preciso entrar em contato diretamente com a instituição financeira pelo telefone ou pelo e-mail informado por ela. Nesse caso, a instituição também não é obrigada a devolver o valor em até 12 dias úteis.
E PARA VALORES EM NOME DE PESSOAS QUE JÁ MORRERAM?
Da mesma forma, a consulta pode ser feita a partir desta terça-feira (28), sendo preciso informar CPF e data de nascimento da pessoa. Caso haja valor a resgatar, a partir do dia 7/3, às 10h, selecione "Acessar o SVR".
Faça login com sua Conta gov.br, que precisa ser de nível prata ou ouro.
No sistema, acesse a opção "Valores para Pessoas Falecidas" e informe CPF e data de nascimento da pessoa que morreu.
Em seguida, é preciso ler e aceitar o Termo de Responsabilidade de consulta a dados de terceiros. E é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal para acessar os dados.
O sistema irá mostrar o nome e os dados de contato da instituição que deve devolver o valor, a origem do valor a receber e o valor a receber.
É preciso, então, entrar em contato diretamente com a instituição financeira para se informar sobre a documentação necessária para receber o valor.
CUIDADO COM GOLPES
O BC alerta que o único site onde você pode consultar e saber como solicitar a devolução dos seus valores, da sua empresa ou de pessoas falecidas é o https://valoresareceber.bcb.gov.br e que todos os serviços do portal são gratuitos. Caso alguém ofereça e cobre por serviços de consulta, trata-se de um golpe.
O Banco Central também não manda links nem entra em contato com o cidadão para tratar de valores a receber ou confirmar dados.
Apenas a instituição que aparece no Sistema de Valores a Receber pode entrar em contato com o cliente, mas ela não pode pedir senhas e também é recomendado não acessar links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram.