O presidente do PL na Bahia, João Roma, cobrou do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), uma posição sobre a mudança de legislação penal que permita a manutenção de presos nas cadeias, não possibilitando que sejam soltos logo após a chamadas "audiências de custódia". "Somos totalmente a favor de enrijecer a legislação. Agora quero saber qual é desculpa do ex-governador Rui Costa, que hoje é ministro da Casa Civil. Ele dizia que tinha que mudar a legislação, pois dizia que não era possível colocar o bandido na cadeia e depois, no mesmo dia, o bandido estar solto", cobrou Roma, nesta quinta-feira (16), durante entrevista à Ràdio Andaiá FM.
O ex-ministro da Cidadania fez essa cobrança pública ao petista após ser questionado sobre os casos de violência e de ataques a policiais que acontecem em todo o país. "O que ele [Rui Costa] vai dizer agora para não levar essa legislação adiante? Essa agenda também é tratada com o executivo. Então qual é a prioridade do governo, se ele está vendo como as coisas estão acontecendo no Brasil a fora? O cidadão não pode andar em paz mais em nenhum lugar do Brasil", apontou João Roma.
O presidente estadual do PL disse que a função dele é mostrar justamente o contraste sobre as linhas adotadas no governo do PT e no governo Bolsonaro. "Eles fazem essa discussão ideológica sobre as armas, mas deixando arma na mão de bandido, em uma quebra de braço ideológica que parece não ter fim", criticou. O dirigente liberal também mencionou que a violência no campo retornou com a explosão do número de invasões de terra realizadas pelo MST logo após o início da gestão do PT.
"Sou a favor de reforma agrária que se faz entregando título de posse para quem quer produzir. Mas o PT estimula movimento partidário ideológico que causa insegurança política para quem quer produzir. O MST se utiliza de pessoas de boa vontade para iludir com falsas promessas. É preciso debate claro e honesto com a população", ressaltou.
O ex-deputado federal também questionou por que o governo petista se opõe à instalação de uma CPI para investigar os atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro. "Eu manifestei, inclusive nas redes sociais, minha repulsa, pois fico muito indignado com a depredação do patrimônio público. Mas tudo aquilo foi muito estranho, pois, em todas as manifestações, em todos os movimentos que foram feitos com o presidente Bolsonaro, nunca sequer uma placa de trânsito tinha sido danificada. Nossos movimentos, sempre tiveram a característica de serem movimentos ordeiros, de respeitar todas as instituições, a família", comentou Roma.
Ele então manifestou o motivo do estranhamento: "Oito dias depois de mudar o governo, você vê aquela movimentação e hoje, estranhamente, o governo do PT tem feito de tudo, até oferecido emendas e benesses para parlamentares para evitar a apuração daqueles atos. Se aquilo indignou o PT, qual a dificuldade de apurar o que resultou naquilo ali? Essa história está muito mal contada e nós queremos esclarecer".
Roma também foi perguntado a respeito de uma possível candidatura dele a prefeito de Salvador. "Hoje essa é a possibilidade mais concreta dentro do PL. Estamos trabalhando pelo fortalecimento do PL na Bahia; a Bahia tem 417 municípios, mas naturalmente Salvador é o principal palco dessa disputa. Precisamos fortalecer o PL”.
Sobre Santo Antônio de Jesus, ele disse que recentemente conversou com o vereador Chico de Dega, presidente da Câmara de Vereadores, e também com a vereadora Dalva Mercês. Ambos têm se esforçado para levar emendas à cidade do Recôncavo, buscando a melhoria para a população. "Temos proximidade com Santo Antônio de Jesus, que é uma prioridade em nossa agenda. Queremos estar mais próximos para poder discutir e avançar as conversas sobre a sucessão municipal em 2024", declarou o presidente do PL na Bahia.