Foto: Louisa Gouliamaki / Reuters |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou pela primeira vez sobre o polêmico projeto de lei que equipara o aborto ao crime de homicídio, que teve urgência para análise aprovada nesta semana na Câmara, em uma análise que durou 5 segundos.
Em seu perfil no X, antigo Twitter, o petista se posicionou contra o aborto, mas defendeu que a interrupção de gravidez seja mantida nos critérios já estabelecidos pela legislação. Hoje, o decreto-lei de 1940 em vigor que regula o aborto legal no País estabelece que é permitido em caso de estupro, anencefalia do feto (por decisão do STF) e risco de vida à mulher.
"Eu, Luiz Inácio, sou contra o aborto. Mas, como o aborto é uma realidade, precisamos tratar como uma questão de saúde pública. Eu acho uma insanidade querer punir uma mulher vítima de estupro com uma pena maior que um criminoso que comete o estupro. Tenho certeza que o que já existe na lei garante que a gente aja de forma civilizada nesses casos, tratando com rigor o estuprador e com respeito às vítimas", escreveu
Eu, Luiz Inácio, sou contra o aborto. Mas, como o aborto é uma realidade, precisamos tratar como uma questão de saúde pública. Eu acho uma insanidade querer punir uma mulher vítima de estupro com uma pena maior que um criminoso que comete o estupro. Tenho certeza que o que já…
— Lula (@LulaOficial) June 15, 2024
O projeto foi proposto pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) uma das principais lideranças da Frente Parlamentar Evangélica, e considera que o fato de a lei não prever "limites gestacionais ao aborto" não significa que os legisladores que promulgaram o Código Penal tenham querido "estender a prática até o nono mês de gestação". Alguns políticos, porém, já falam em limitar a discussão ao procedimento de assistolia fetal - essencial em casos de aborto após 22 semanas, mas alvo de resolução contrária do Conselho Federal de Medicina (STF), suspensa liminarmente pelo STF. Informações via terra.com.br.