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Uma nova edição da pesquisa Radar Febraban, conduzida pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), aponta que 75% dos brasileiros acreditam que suas vidas pessoais e familiares irão melhorar em 2025. Esse resultado representa um salto de 13 pontos percentuais em relação a outubro de 2024, quando o otimismo alcançava apenas 62%, o menor índice já registrado na série histórica.
No entanto, 8% dos entrevistados acreditam que suas condições de vida podem piorar no próximo ano, uma leve alta de um ponto percentual em relação ao ano anterior.
De acordo com Antonio Lavareda, sociólogo e presidente do Conselho Científico do Ipespe, o otimismo está atrelado ao desempenho positivo de áreas como emprego e renda, avaliadas como a principal fonte de melhora por 23% dos entrevistados. Saúde (9%) e educação (7%) também foram citadas como áreas de progresso.
“Os sentimentos para 2024 e as perspectivas para 2025 refletem um equilíbrio entre otimismo e cautela. O aumento no emprego foi um fator chave para a confiança, mas desafios como seca, queimadas e pressões econômicas, incluindo a alta da Selic, dos juros e da inflação, influenciaram negativamente o cenário”, destacou Lavareda.
Apesar do otimismo quanto à qualidade de vida, os brasileiros mostram preocupação com as condições econômicas para o próximo ano. Para 68% dos participantes, a inflação e o custo de vida devem aumentar, enquanto a mesma proporção prevê a alta da taxa de juros.
Esses receios podem ser reflexos do ambiente econômico de 2024, marcado por desafios inflacionários e ajustes nas políticas monetárias, que impactaram o consumo e o planejamento financeiro das famílias.
Enquanto o otimismo prevalece, o cenário econômico ainda impõe barreiras à confiança plena dos brasileiros. O crescimento do otimismo em relação à vida pessoal e familiar reflete avanços tangíveis em áreas essenciais, como emprego, mas as incertezas econômicas indicam que o ano de 2025 exigirá atenção a políticas públicas que promovam equilíbrio financeiro e social.