Fotos: Vitor Santos/Sempre Texto: Ascom/Sempre
A Prefeitura de Salvador, através da Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), está certificando mais de 100 assistidos em Oficinas de Mosaicos, realizadas nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), um projeto que envolve mais do que orientar e fortalecer o convívio sociofamiliar, mas acolher e transformar vidas por meio da arte. Nesta semana, quem recebeu os certificados foram os assistidos do Cras Centro Histórico.
O secretário da Sempre, Junior Magalhães, destaca que a uma formação vai muito além da técnica. “É algo que promove autoestima, inclusão e cria novas oportunidades de geração de renda. Mais do que uma atividade artística, a oficina consolidou-se como um verdadeiro espaço de cuidado, valorização pessoal e transformação. Essas conquistas ultrapassam os limites da produção de obras — falam de recomeços, de autoestima recuperada e de vidas que reencontraram sentido”, declara.
O curso teve duração de seis meses e uma nova turma será aberta em setembro. “O comprometimento dos alunos, levando em consideração que todos ficaram até o final e a demanda, me faz avaliar a oficina neste semestre em 100% de aproveitamento. Isso é sobre autocuidado, autoestima, recomeçar, quase uma terapia, mesmo. Então, posso dizer que houve ressocializações enormes no universo de cada um que por aqui passou, como no caso de pessoas que, por estarem com síndrome do pânico, não saíam de casa há um ano, e hoje levam a vida normalmente. Isso é muito maior do que vender uma obra”, descreve o professor da atividade, Fernando Queiroz, que realiza este trabalho há dez anos.
Uma das participantes, Rosângela Bispo, de 49 anos, não esconde a gratidão pela realização da oficina. “Para mim, o mosaico é especialmente significativo, pois passei por momentos desafiadores, marcados pela vulnerabilidade e por dificuldades que se assemelham a uma tempestade em minha vida. Aqui encontrei aqui um refúgio, um espaço que me revitaliza e me renova. Espero, ao concluir o curso, apresentar algo que demonstre meu aprendizado e crescimento”, elenca.
Com o mesmo sentimento, Antônio Carlos Silva Conceição, 62 anos, revelou o quão importante a oficina foi neste momento da terceira idade e dificuldade de recolocação no trabalho. “Eu nunca tinha participado de um curso como esse. A partir do momento que eu comecei a fazer um dos trabalhos, aí deu aquela sensação de que eu podia fazer algo que lá na frente seria muito benéfico para mim, já que eu estou com 62 anos. Hoje, em especial para mim, que já estou com idade um pouco avançada, é difícil me recolocar no mercado de trabalho. Portanto, vai ser muito importante eu trabalhar para mim mesmo, além de o mosaico se tratar de uma arte, uma terapia que transformou minha vida”, avalia. |
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