Sandro Filho propõe sistema digital de monitoramento da arborização
Projeto de indicação busca modernizar a gestão ambiental, com precisão e eficiência
O vereador Sandro Filho (PP) apresentou, na Câmara Municipal de Salvador, o Projeto de Indicação nº 423/2025, que sugere à Prefeitura a implantação de um sistema de monitoramento digital da arborização urbana. A proposta tem como objetivo modernizar a gestão ambiental da cidade, tornando o acompanhamento das árvores mais rápido, preciso e eficiente.
Conforme o projeto, o sistema funcionaria por meio de veículos equipados com sensores LiDAR e câmeras 360º, capazes de mapear em alta definição cada árvore da capital. As informações coletadas seriam processadas por inteligência artificial, permitindo identificar espécies, avaliar o estado fitossanitário e até prever riscos de queda. “Essa tecnologia substitui métodos tradicionais mais lentos e possibilita que a Prefeitura atue de forma preventiva, com podas e reposições programadas, em vez de apenas reagir a emergências”, destacou o vereador.
Sandro Filho observa que Salvador possui também árvores centenárias e envelhecidas, que em muitos casos não recebem monitoramento adequado. Essa situação tem provocado quedas frequentes em períodos de fortes chuvas e ventos, colocando em risco a população, veículos e o patrimônio público. “O projeto, portanto, busca não apenas modernizar o controle ambiental, mas também aumentar a segurança urbana diante de uma realidade que já causa transtornos e acidentes”, completou.
Ilhas de calor
Outro ponto ressaltado pelo parlamentar é a baixa arborização da capital, que intensifica as ilhas de calor e compromete a qualidade de vida. “Precisamos ampliar nossas áreas verdes e, ao mesmo tempo, cuidar com tecnologia das árvores antigas que já fazem parte da história da cidade. É hora de investir em inovação para proteger vidas e melhorar Salvador”, afirmou.
Para o vereador, além do impacto ambiental e social, a iniciativa também reforça a inclusão tecnológica da cidade. “Ao adotar soluções modernas como LiDAR e inteligência artificial, a capital baiana se alinha ao conceito de cidades inteligentes, integrando inovação, sustentabilidade e segurança no planejamento urbano”, acrescentou.
Ainda de acordo com o PIN nº 423/2025, a gestão do sistema ficaria sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis), que poderia integrar os dados ao Plano Diretor de Arborização Urbana (PDAU), garantindo transparência e eficiência nas ações de arborização.
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Hamilton pede vista de projeto que
amplia subsídios a empresas de ônibus
Vereador critica proposta por não prever metas de melhoria do serviço e defende transparência total nas receitas e despesas do sistema de transporte
O vereador Hamilton Assis (PSOL), membro da Comissão de Transporte, Trânsito e Serviços Públicos da Câmara Municipal de Salvador, pediu vista do Projeto de Lei nº 340/2025, que autoriza o Executivo a conceder subsídios orçamentários permanentes ao sistema de transporte por ônibus da capital.
Para Hamilton, a proposta institucionaliza uma política de repasses contínuos sem apresentar garantias de melhorias reais para os usuários. O texto, segundo ele, não estabelece metas de desempenho, renovação da frota, regularidade ou qualidade do serviço, tampouco cria mecanismos de participação e controle social.
“Enquanto a Prefeitura aprofunda a dependência de subsídios, nós defendemos outra lógica. Queremos transparência, conselho ativo e participação popular. É assim que podemos caminhar para um transporte público acessível, de qualidade e, no horizonte, para a tarifa zero. O que vemos hoje é o dinheiro público escoado de forma que a população não tem acesso às escolhas e sempre para beneficiar uma minoria que detém o capital”, afirmou o vereador.
Transparência
Na mesma linha crítica à falta de clareza sobre os custos do sistema, Hamilton Assis apresentou o Projeto de Lei nº 245/2025, que obriga a divulgação detalhada de todas as receitas e despesas das empresas de ônibus da capital. A proposta prevê a publicação, em sites oficiais, de informações como frota em operação, custos com pessoal, combustíveis e manutenção, subsídios recebidos e planilhas de cálculo da tarifa.
O projeto ainda determina que o Conselho Municipal de Transporte tenha seu funcionamento registrado e divulgado, incluindo composição e atas de reuniões. Em caso de descumprimento, as concessionárias poderão ser multadas em até R$ 10 mil por dia, valor dobrado em caso de reincidência, além de ficarem impedidas de participar de futuras licitações.
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Marta Rodrigues cobra revisão
do Jovem Aprendiz em Salvador
Vereadora denuncia desvio do programa para funções de serviços gerais e alerta para exploração de jovens, em sua maioria negros e periféricos
A vereadora Marta Rodrigues (PT) afirmou, no dia 17, esperar que a Prefeitura de Salvador reveja com urgência o direcionamento dos estudantes do Programa Jovem Aprendiz, oriundos de escolas municipais, para funções de serviços gerais, como a limpeza de banheiros. “São atividades que não condizem com a finalidade do programa”, pontuou.
Segundo a vereadora, a iniciativa, que deveria oferecer aprendizado profissional e oportunidades de crescimento, vem sendo distorcida, resultando em exploração da mão de obra de adolescentes e jovens, em sua maioria negros e moradores de periferias.
“Não é a função em si que está em discussão. O problema é que, no Brasil, essa profissão sempre recai sobre quem teve menos acesso à educação. Se queremos que nossos jovens aprendam profissões, se desenvolvam através dos estudos e cresçam na vida, não podemos oferecer a eles um primeiro emprego que não condiz com seus planos e expectativas”, declarou.
A vereadora ressaltou que o desvio do programa evidencia como o racismo estrutural opera silenciosamente, sempre que não é denunciado e combatido. “Quando não nos dedicamos a enfrentar essas desigualdades, perpetuamos um ciclo de exclusão. Jovens que deveriam ter acesso a aprendizado profissional e oportunidades de ascensão social acabam sendo submetidos a funções historicamente marginalizadas”, completou.
Marta Rodrigues também cobrou posicionamento da Prefeitura. Para ela, é urgente que a gestão municipal assuma responsabilidade pela denúncia e reveja o programa, garantindo experiências que realmente contribuam para a formação profissional dos jovens.
“Educação é direito. Dignidade é obrigação. Não podemos aceitar que se brinque com a vida e o futuro da juventude soteropolitana”, enfatizou.
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Aladilce critica plano de privatização
do Lacerda e da Praça Thomé de Souza
De acordo com a vereadora, o patrimônio histórico deve continuar sendo público
A líder do bloco de oposição na Câmara Municipal de Salvador, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), criticou o plano de privatização da Praça Thomé de Souza, “considerada a primeira do Brasil, incluindo o Elevador Lacerda e outros equipamentos que integram o maior conjunto arquitetônico da América Latina”. Em discurso na tribuna, a vereadora defendeu que o patrimônio histórico continue sendo público e contestou a tentativa da Prefeitura de adotar, no caso, o Plano Integrado de Concessões e Parcerias de Salvador (PICS).
Aladilce lembrou que, no primeiro semestre deste ano, a gestão municipal já havia se empenhado em privatizar áreas verdes da cidade. “Agora, quer entregar nosso patrimônio histórico, num processo sem transparência, sem debate”, criticou.
Transporte coletivo
No caso do Elevador Lacerda, a vereadora chamou atenção para “o agravante de ser um meio de transporte coletivo, a ligação entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa, que funciona com a cobrança de uma tarifa simbólica”.
Segundo ela, “se for transformado em um mero ponto turístico, um cartão postal, vai passar a operar com valores altos para turistas. E quem depende desse equipamento vai ter que subir e descer ladeiras?”, questionou.
Além disso, Aladilce destacou que “dois pavimentos do prédio do elevador, que funcionavam como escritório da ONU em Salvador, foram transferidos para um cerimonial privado”.
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