Um apelo à consciência dos homens para combater o feminicídio
A Lei Maria da Penha completou 19 anos, mas a violência contra a mulher continua batendo recordes no Brasil. Os números chocam e revelam uma triste realidade: em 2024, o Brasil teve 1.492 feminicídios, o maior número desde 2015. Isso significa quatro mulheres assassinadas por dia.
E os números de 2025 já indicam que a violência não para.
Por que isso acontece? A Lei Maria da Penha é forte e protege as mulheres, mas uma lei sozinha não muda a cabeça das pessoas. A raiz do problema está no machismo, na ideia errada de que o homem é superior e pode mandar na mulher. Essa é uma ideia primitiva que vem da nossa cultura e, infelizmente, até de interpretações erradas da Bíblia, que foram usadas para justificar a submissão feminina.
O verdadeiro ensinamento de qualquer religião é o amor e o respeito.
Se um relacionamento não está dando certo, se as brigas começam a ficar sérias, o homem, que geralmente é a parte mais forte, tem que ter a responsabilidade de se controlar. A força não existe para bater, mas para proteger. Se a relação chegou ao fim, a resposta não pode ser a violência. A resposta é a maturidade de seguir em frente, de deixar a outra pessoa retomar a vida dela.
O feminicídio não é crime de amor. É um crime de ódio e de covardia.
É hora de nós, homens, darmos um basta nisso. Vamos usar nossa voz para conscientizar. Vamos ser parte da solução. E a solução começa com uma atitude muito simples: respeito.