Fotos: Lucas Moura / Secom PMS
Reportagem: Nilson Marinho / Secom PMS
No próximo domingo (21) é comemorado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, data instituída pela Lei nº 11.133/2005 com a intenção de conscientizar a sociedade sobre a importância da inclusão e do respeito às pessoas com deficiência.
A Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), fortalece políticas públicas para ampliar a oferta de serviços, acesso a direitos e capacitação profissional para essa parcela da população.
Entre essas iniciativas, está a implantação da carteira CIPTEA, documento de identificação da pessoa com transtorno do espectro autista. Salvador foi o primeiro município da Bahia a colocar em prática essa política, mapeando mais de 12 mil autistas.
Além disso, de acordo com a diretora de Políticas Públicas para Pessoa com Deficiência (DPCD) da Sempre, Daiane Pina, cerca de 3 mil profissionais da rede municipal receberam capacitação em Libras e audiodescrição para humanizar e transformar as salas de aula em um espaço de acolhimento e inclusão.
“Também temos cursos de inclusão digital para pessoas surdas, projetos de formação continuada e ações voltadas a quem cuida, porque entendemos que o cuidado com os cuidadores também é essencial. Na saúde, temos como exemplo os Centros de Referência em Reabilitação, inaugurados pelo prefeito Bruno Reis. Só no último ano, foram quatro unidades abertas em Salvador, voltadas ao atendimento de pessoas com deficiência física, intelectual, autistas e pessoas com Síndrome de Down”, explica Daiane.
Já na área do empreendedorismo, há programas como o “Empreender é com Elas”, que reúne mais de 400 mães atípicas, que passam por requalificação profissional, tendo oportunidades de negócio. Já o “Reformar é com Elas” também capacita mães atípicas, mas em áreas da construção civil, elétrica e reforma.
A diretora da Pessoa com Deficiência da Sempre lembra a importância da data e das políticas implementadas pela gestão municipal. “O significado do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência é justamente lembrar à sociedade que essas pessoas não estão à parte, elas fazem parte. É um dia que marca a luta contra a discriminação. Em Salvador, já avançamos muito. Temos investido em empreendedorismo, inclusão digital e capacitação. Nosso trabalho é contínuo e busca dar mais dignidade e oportunidades”, afirmou.
O Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (Comped) trabalha em conjunto com a Prefeitura e a sociedade civil para garantir representatividade do segmento e a fiscalização das políticas públicas. O vice-presidente do conselho, Everaldo Neris, diz que o papel do Comped é dar voz às pessoas com deficiência e ocupar os espaços. Para ele, o dia 21 de setembro é mais do que um momento de reflexão. "É um momento também de renovar as forças para continuar a luta, porque diariamente precisamos buscar oportunidades que não chegam sozinhas. Celebramos a data com a esperança de dias melhores e mais inclusivos para todos”, comentou.
Everaldo afirma que, nos últimos anos, a gestão municipal tem promovido muitos benefícios para as pessoas com deficiência, ampliando a inclusão por meio de programas e ações voltadas para este público e aqueles que o cercam. “Ainda há muito a avançar, mas hoje podemos dizer que o segmento tem um órgão institucional dentro da Prefeitura dedicado exclusivamente a tratar das pautas da pessoa com deficiência. Isso é algo muito salutar. Ao longo dos mais de 450 anos de Salvador, os últimos anos representam o melhor período de políticas públicas para as pessoas com deficiência no município”, avaliou.
Ele menciona como um desses avanços a própria sede do Conselho, que se tornou um espaço de debates e construções coletivas, bem como sua Central de Acessibilidade, que atende a todas as deficiências, garantindo dignidade. "Houve incentivo ao mercado de trabalho, com oportunidades reais, além do fortalecimento do paradesporto, possibilitando que os paratletas tenham condições de seguir sua caminhada. Outro ponto importante é o acesso à informação, com a audiodescrição, a carteira do autista e a possibilidade de uma pessoa surda fazer uma consulta médica com apoio da Central de Acessibilidade, via chamada de vídeo. Tudo isso representa dignidade”, finalizou o vice-presidente do Comped.