Por Marcius Pirôpo, o Peso Pesado da Notícia
O Rio de Janeiro viveu, ontem, um de seus dias mais tensos e trágicos, um verdadeiro cenário de guerra. Uma megaoperação policial, mobilizando cerca de 2.500 policiais civis e militares nos Complexos do Alemão e da Penha, resultou no número estarrecedor de 64 mortes, sendo 60 de suspeitos e 4 de policiais (dois civis e dois do BOPE), além de 81 presos e uma vasta apreensão de armamento. Esta ação, batizada de "Operação Contenção", entrou para a história como a mais letal do estado do Rio de Janeiro.
É um massacre. Um luto que se repete de forma cíclica e brutal. Nossos bravos policiais tombam no cumprimento do dever, e o número de suspeitos mortos, mesmo sendo criminosos, é um espelho sangrento da falência do sistema.
O Círculo Vicioso da Violência
A eficácia imediata de uma operação como esta é inegável, contendo temporariamente a expansão do crime e apreendendo um arsenal de guerra. No entanto, é fundamental que o Estado e a sociedade olhem para além do calor da notícia e do balanço final de mortos e presos.
Eu digo, com a urgência que o tema exige: essas operações são, no longo prazo, meros paliativos!
Elas cortam a cabeça do problema, mas não tratam a raiz do câncer que é a miséria social, a falta de oportunidades e, principalmente, a ausência de cultura e educação transformadora. A cada operação, a cada policial que tomba, o sacrifício será em vão se a nova geração de crianças e adolescentes das favelas continuar sem alternativa. Eu reitero: se o Estado não mudar a educação e, principalmente, a cultura, as mortes dos policiais serão em vão.
🥋📚 O Verdadeiro Artigo 220 e a ADPF 130 para a Paz Social
Eu acredito que o caminho para a mudança está em uma política pública que abrace a cultura e a educação como instrumentos de segurança.
A liberdade de informação e manifestação do pensamento, que eu defendo e que é consagrada no Artigo 220 da Constituição Federal, juntamente com a jurisprudência da ADPF 130, não pode ser distorcida para dar guarida a uma "cultura" que faz apologia às drogas e à violência.
É urgente que o Estado mude as políticas públicas:
- Mudar a Cultura e o Conteúdo: É necessário banir, com políticas públicas e ações educativas firmes, os chamados "paredões" e a proliferação de músicas que glamurizam as drogas, a facção e a violência nas comunidades. É preciso acabar com isso.
- Implantar a Disciplina e a Arte: O Estado deve promover uma verdadeira revolução educacional.
- Militarização 100% das Escolas Públicas: Para resgatar a disciplina, o respeito à hierarquia e o civismo, bases de qualquer sociedade organizada.
- Violino e Música Clássica: Eu defendo a implantação de aulas de violino, música clássica e concertos nas escolas.
- Esportes e Artes Marciais (O Caminho da Disciplina): Implantar o esporte como matéria fundamental. Cito nominalmente a inclusão de Judô, Karatê, Taekwondo, Boxe, Jiu-Jitsu, Capoeira, Atletismo e outras modalidades esportivas, todas com foco inegociável na disciplina. Eu, como Campeão Mundial de Karatê na Itália em 2019, sei o poder que o quimono, o respeito ao mestre e a disciplina marcial têm de desviar um jovem do caminho do crime. O esporte é a primeira farda da ordem.
A guerra contra o crime não será vencida apenas com a força de 2.500 policiais entrando em conflito; ela será conquistada com a força de milhares de crianças segurando um livro, um violino e um quimono.
Eu conclamo: É hora de o Estado investir massivamente em uma política de segurança que comece na porta da escola, não na porta do camburão. Eu exijo que honrem a memória dos policiais mortos e feridos garantindo que a próxima geração terá uma escolha real: o caminho da disciplina e da arte, ou o beco da criminalidade.
Marcius Pirôpo, O Peso Pesado da Notícia

.png)
