A capital baiana, Salvador, reafirma seu papel como epicentro da cultura afro-brasileira ao sancionar a Lei nº 9.892/2025, que institui oficialmente a Festa de Olojá – Senhor do Mercado, em honra ao orixá Exu, no Calendário Oficial de Eventos do município.
O reconhecimento legal dessa celebração, que ocorrerá anualmente no primeiro final de semana de março na Feira de São Joaquim, é um ato de justiça cultural e religiosa. Exu, o orixá dos caminhos, da comunicação e do comércio, recebe agora o devido destaque, associando-o diretamente à dinâmica vital de um dos mercados mais tradicionais da Bahia.
Este movimento de Salvador envia uma mensagem poderosa para todo o país: todas as manifestações de fé merecem apoio institucional e respeito.
Se a Marcha para Jesus mobiliza milhões de fiéis e integra os calendários oficiais com o suporte das administrações públicas, o mesmo princípio de isonomia e reconhecimento deve ser aplicado ao Cortejo de Exu e a todas as celebrações das religiões de matriz africana.
- Pelo Fim da Intolerância: A oficialização da Festa de Olojá é uma frente de combate à intolerância religiosa, desmistificando a figura de Exu e valorizando a profunda contribuição do Candomblé e da Umbanda para a identidade brasileira.
- Um Exemplo a Ser Seguido: É imperativo que Prefeituras da Bahia e de todo o Brasil sigam o exemplo de Salvador, abraçando todos os segmentos religiosos. Acolher as festas e os movimentos de matriz africana não é apenas uma questão de diversidade, mas um dever constitucional de garantir a liberdade de culto e a igualdade de tratamento para todos os cidadãos, independentemente de seu credo.
O apoio do poder público, seja à Marcha para Jesus, seja ao Cortejo de Exu, é a materialização do Estado Laico que reconhece a pluralidade de seu povo.

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