Após dois anos da formação de uma cratera na Ilha de Matarandiba, na Bahia, a preocupação e a falta de informações sobre o que pode ter causado a cavidade ainda são marcas recorrentes para os moradores do local. Eles questionam a demora nos detalhes por parte dos órgãos e da Dow Química, responsável pela área onde o buraco apareceu. Ao G1, a multinacional divulgou dados que apontam aumento de 20 metros de comprimento da cratera em relação ao ano passado.
“É um descaso das informações. Estamos com receio em função de não saber o que provocou essa erosão. Estamos sem respostas definitivas das soluções para a erosão. O que a comunidade solicita é esclarecimento, sobre o que provocou essa erosão, e uma solução para a comunidade deitar com a cabeça no travesseiro e não estar mais preocupada em relação a isso”, disse Flávia Lima, moradora da comunidade.
(CORREÇÃO: ao publicar esta reportagem, o G1 errou ao informar que as operações da Dow na Ilha de Matarandiba estariam suspensas. A empresa esclareceu que segue operando com a quantidade mínima de efetivo necessária para manter as atividades para operação da unidade. A informação foi corrigida às 18h32.)
A cratera, que fica a 1 km da vila de pescadores de Matarandiba, em Vera Cruz, na Ilha de Itaparica, foi descoberta em maio de 2018 e tinha 46 metros de profundidade, 69 metros de comprimento e 29 metros de largura, na ocasião. O primeiro aumento na estrutura foi divulgado em janeiro do ano passado, quando cresceu quase quatro metros.
Até fevereiro de 2019, última medição divulgada até então ao G1 pela Dow Química, o buraco tinha 90,7 metros de comprimento, além de 40,9 metros de largura e 36,4 metros de profundidade. No entanto, houve um novo crescimento.
Segundo a empresa, as medidas mais atualizadas são: 110 metros de comprimento, 47,4 metros de largura e 32,7 metros de profundidade. Apesar da situação, por meio de nota, a multinacional garantiu que a comunidade não corre perigo e que adotou tecnologias de monitoramento na área.
G1