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Gripe aviária: Agricultura investiga possíveis focos em 5 estados

 



Ao menos cinco novas suspeitas de foco de gripe aviária (H5N1) são investigadas no Brasil pelo Ministério da Agricultura (Mapa) por meio do Serviço Veterinário Oficial (SOV). De acordo com o painel interativo divulgado pelo ministério, até o momento, são verificados casos de H5N1 nos estados de Santa Catarina, Mato Grosso, Tocantins, Ceará e Sergipe. Duas delas – Impumirim (SC) e Aguiarnópolis (TO) – são em granjas comerciais.

Nesta segunda-feira (19/5), uma suspeita registrada no município de Salitre, no Ceará, entrou na lista, de acordo com o monitoramento feito pelo Mapa e atualizado diariamente. O caso está sendo acompanhado pela Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri).

A propriedade rural em questão é utilizada para subsistência, ou seja, a produção não é voltada para a comercialização. A investigação do caso já está em andamento, com amostra coletada pela Adagri.

O primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial aconteceu no Rio Grande do Sul na quinta-feira (15/5), no município de Montenegro (RS), e foi informado na manhã da última sexta (16/5). A granja atingida abrigava 17 mil aves – parte delas morreu e o restante foi sacrificado.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, decretou estado de emergência zoossanitária por 60 dias na região. As aves que sairiam do RS, terceiro maior exportador de frango do Brasil, foram colocadas fora de circulação.

Nesta segunda-feira (19/5), Fávaro disse que o Brasil pode ficar livre da gripe aviária e, assim, retomar as exportações de carne de aves em até 28 dias, caso não sejam detectados novos focos da doença.

Atualmente, dois focos ativos da doença estão em andamento no Rio Grande do Sul: um em Montenegro – em uma propriedade de subsistência que fica no raio de 3 km da granja comercial onde surgiu o primeiro caso da doença – e outro em Sapucaia do Sul.

Suspensão das exportações

No momento, nove países e um grupo econômico suspenderam totalmente e/ou de forma preventiva a importação de frangos do Brasil. São eles:

  • China
  • União Europeia
  • Argentina
  • Chile
  • Uruguai
  • México
  • Canadá
  • África do Sul
  • Coreia do Sul
  • Japão

  • Conforme o plano de contingência mundial da doença, o Brasil está no terceiro estágio mais grave em uma escala que vai de um a cinco. O que levou o país ao tal estágio no plano de contingência foi justamente a identificação do foco de gripe aviária.

    Os próximos níveis do plano de contingência são de emergência e crise. As situações são agravadas caso haja avanço nos cenários de transmissão do vírus para humanos.

    Apesar disso, o governo alerta que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos e que o risco de infecções em humanos pelo vírus é baixo, além de que, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais em contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas).

  • fonte: Metrópoles

Renato Kfouri, infectologista e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, para entender melhor o cenário e as reais preocupações diante do avanço do vírus.

Há risco no consumo de frango e ovos?

A resposta é clara: não há risco algum. A gripe aviária não é transmitida pela ingestão de alimentos como carne de frango ou ovos.

“A gripe é uma doença respiratória. Ela não é transmitida pelo consumo de alimentos. Não há risco nenhum no consumo de carne de frango, ovos e derivados. O vírus se transmite por via aérea, através do contato com secreções das aves, não pelo alimento”, reforça Kfouri.

Ele esclarece que o bloqueio da exportação de carne de frango de áreas afetadas é uma medida preventiva para evitar que o vírus seja transportado — não por risco ao consumidor, mas por risco de disseminação do vírus para novos territórios.

O que deve ser feito agora?

Para Kfouri, o mais importante neste momento é o monitoramento constante, especialmente de trabalhadores que lidam com aves infectadas. Qualquer caso de síndrome gripal ou febre nessas pessoas deve ser investigado, e a pessoa, isolada. Em alguns casos, ele acrescenta que o abate sanitário das aves é necessário para conter o avanço do vírus.

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